Por Aline Braga

A possibilidade de perder praticamente metade do salário volta a assombrar os trabalhadores da Emgetis. Hoje (5), o diretor-presidente da Empresa Sergipana de Tecnologia e Informação (Emgetis), Ezio Prata Faro, anunciou que os empregados não poderiam voltar no período da tarde para a segunda parte do expediente.

Para os trabalhadores da Emgetis, essa determinação representa uma perda salarial de 50%, referente ao adicional de prorrogação de trabalho. Em dezembro, devido ao Decreto no 29.925 do Governo Estadual, que proibia a realização de qualquer serviço que implique em adicionais ao salário, a prorrogação foi suspensa pela primeira vez.

O Sindtic, à época, pressionou realizando assembleias e aprovando manigestção em frente à empresa. Posteriormente, o sindicato conseguiu negociar com o diretor-técnico, e a Emgetis voltou atrás, tendo como base o fato de que outras empresas públicas já haviam feito a mesma coisa.

De acordo com o presidente do Sindtic, Jairo de Jesus, agora os trabalhadores irão entrar com uma ação judicial contra a empresa para reparação dos prejuízos sofridos. “Imagine que após 20 anos de serviços prestados, recebendo remuneração integral, e de repente você passa a contar apenas com metade dessa renda? É uma situação insustentável”, afirma.

Judicialização

Para o sindicato a única alternativa para que os trabalhadores não sejam prejudicados é judicializar a situação, tendo em vista que, mesmo diante dos ofícios enviados pelo sindicato, o diretor-presidente da Emgetis não tem possibilitado a abertura da mesa de negociação com a Direção do Sindtic.

Dessa forma, assessorados pelo escritórios Advocacia Operária, os trabalhadores irão pedir a incorporação do adicional ao salário e/ou indenização.

Atualizado em 31 de março de 2023