Durante todo o dia 15 de abril dirigentes sindicais do Sindtic foram às ruas para protestar e na tentativa de conscientizar a população quanto aos problemas do Projeto de Lei 4330. Com o intuito de modificar as atuais regras da terceirização no país, que hoje somente permite o trabalhador terceirizado na atividade meio, a classe política e os empresários pressionam um resultado favorável no Congresso Nacional.

Atenta, a classe trabalhadora vem fazendo a contraargumentação a respeito dos males desse projeto e durante a última quarta em todo o país, centrais sindicais e movimentos sociais foram às ruas lutar pacificamente contra isso. Em Sergipe, a mobilização aconteceu desde às 6 da manhã até às 18 horas. O presidente do Sindtic, Jairo de Jesus, compareceu logo cedo ao Centro Administrativo, e junto a outros sindicatos como Sindijus, Sindfisco, Sindsemp, Sintufs, Sindjuf, Sindetran, entre outros filiados à CUT e à CTB, bloqueram uma das vias que dá acesso aos prédios do Centro.

Logo após esse ato, os demais dirigentes do Sindtic marcaram presença no Centro da Cidade, em frente ao Bingo Palace, onde se concentraram todos os manifestantes antes da caminhada realizada nas ruas do Centro.

À tarde, os dirigentes Tomé Rodrigues, Mônica Silva, Rildo Fontes, Juarez Conrado e Isabel Gonçalves participaram da última e maior mobilização do dia, a caminhada com saída no parque da Sementeira e chegada no Palácio de Despachos do Governo, que reuniu 10 mil manifestantes.

“Foi um dos maiores e melhores atos que participamos. Muito bem organizado. Integramos essa luta e essa frente contra a aprovação do PL 4330, pois se esse projeto for levado adiante, custará caro para os trabalhadores. O Sindtic é um dos sindicatos que têm terceirizados em sua base e conhece de perto a realidade da relação entre os trabalhadores e as empresas que terceirizam serviços, bem como as destinatárias desses serviços. Dessa forma, podemos afirmar com convicção que a proposta que hoje tramita na Câmara não é positiva e prejudica a classe trabalhadora”, declara Tomé Rodrigues.

Centrais sindicais, Sintese, MST, Levante Popular da Juventude, ativistas dos Direitos Humanos,
quilombolas, UGT, CSP Conlutas e diversas entidades sergipanas foram às ruas unidas pedir educação de qualidade  e se posicionar contra o PL 4330. A “Marcha em Defesa da Educação de Qualidade e Contra a Terceirização” percorreu as avenidas Deputado Silvio Teixeira e Adélia Franco.

Votação do projeto

Como resultado da intensa mobilização, a votação do projeto na Câmara dos Deputados, que estava marcada para o mesmo dia, foi adiada para a próxima quarta, 22.

Atualizado em 31 de março de 2023