1o de maio do Sindtic foi de mobilização nas ruas
Junto a sindicatos filiados à CUT e movimentos populares, o Sindtic participou nessa sexta, 1o de maio, Dia do Trabalhador, de caminhada do bairro Orlando Dantas até o bairro Santa Maria. Além de ser um ato já tradicional em todo o mundo nesse dia, em Sergipe, os sindicatos tiveram como objetivo alertar o trabalhador e reforçar sua oposição ao projeto de lei que amplia a Terceirização que, se aprovado, precariza ainda mais as condições dos trabalhadores, principalmente de empresas privadas. Já aprovado na Câmara dos Deputados no dia 8 de abril, o projeto agora será votado no Senado.
De acordo com a dirigente sindical Isabel Gonçalves, além da descabida ampliação da Terceirização, os trabalhadores precisam estar nas ruas para lutar contra a retirada de direitos em âmbito estadual e nacional, pois, infelizmente, a precarização nas relações de trabalho, via Terceirização, não é o único desafio nesses tempos de arrocho contra o trabalhador.
“É importante porque se não for a luta não tem nada. Desde dezembro estamos nesse corre-corre. Estamos nas ruas, na internet, nas redes sociais com esse corre-corre e não estamos vendo resultado concreto, não tem retorno perante o governo, mas não dá pra desanimar, pois se lutando é difícil, imagine se ficarmos omissos. Cada dia aparece uma coisa diferente para tirar os direitos. O que está acontecendo é a união de todos, dos movimentos de trabalhadores”, conta Isabel. De acordo com ela, esse ano foi diferente dos outros pois o ato não foi com barracas fixadas em um único lugar, além de ter contado com mais participantes.
Durante os 2,3 km de marcha, os manifestantes explicaram os transeuntes e moradores dos bairros os perigos em relação à aprovação do projeto de lei que amplia a Terceirização e citaram os deputados federais sergipanos que votaram contra os trabalhadores, a saber: Fábio Reis (PMDB), Fábio Mitidieri (PSD), Adelson Barreto (PTB), André Moura (PSC) e Laércio Oliveira (Solidariedade).
Os militantes sociais empunharam faixas pela Reforma Política através de uma Constituinte Exclusiva, pelo fortalecimento do SUS, pelo Fim do Fator Previdenciário, pelas Reformas Agrária, Urbana e Fiscal, pelo respeito e valorização do Piso Salarial dos Professores, contra a redução da maioridade penal e contra as MPs 664 e 665.
Para o presidente do Sindtic, Jairo de Jesus, estamos em um momento delicado e crucial para o movimento sindical e popular. “Precisamos analisar a conjuntura atentos às ações dos gestores no presente e assertivos em relação a como as medidas aprovadas agora podem prejudicar os trabalhadores no futuro. Sabemos que projetos de leis como a da Terceirização e as MPs 664 e 665 nos levam a cenários difíceis. É por isso que estamos nas ruas, exigindo mais participação popular e na tentativa de frear a onda conservadora e elitista que emerge dos rincões patronais em pleno século 21. Também levamos às ruas faixas especificas para demonstrar a nossa indignação com a direção da CCP Soluções que há dois anos não paga os direitos trabalhistas dos seus empregados”.
Atualizado em 31 de março de 2023