Permanente omissão da direção da Emgetis obriga os…

O Ato Público com café da manhã realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Tecnologia de Informação e Comunicação de Dados do Estado de Sergipe (SINDTIC) em frente à Emgetis – Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação – surtiu um feito relativamente positivo para a luta dos trabalhadores da empresa. Na manhã de segunda-feira, 16 de julho, o presidente e secretario do SINDTIC, Tomé Rodrigues e Jairo de Jesus, juntamente com a Associação dos Empregados da Emgetis (ASSESP) participaram de uma reunião com a Subsecretaria de Estado de Articulação com os Movimentos Sociais e Sindicais (SUBSEAS), que após a realização da manifestação do último dia 12 de julho (Café de Protesto), convidou o SINDTIC e a ASSESP para conversar e buscar intermediar a relação com a direção da empresa.


Embora tenha ocorrido nas dependências físicas da Emgetis, essa reunião não contou com a participação da direção da empresa, que, segundo o presidente do SINDTIC, Tomé Rogrigues, continua desrespeitando os seus trabalhadores, recusando-se a negociar.


“Considerando que a direção da Emgetis está se recusando a negociar e desde março não dá qualquer resposta ao pleito formalizado pelo SINDTIC, podemos constatar que essa postura da direção é um grande desrespeito aos trabalhadores e que depõe contra a imagem do atual Governo do Estado, que tem suas origens políticas nas lutas em defesa do respeito aos movimentos sociais e sindicais”, considerou.


Em matéria divulgada no Portal G1, o diretor presidente da Emgetis, Ezio Prata Faro informou que foi realizada uma reunião com o representantes do governo no dia 05 de julho, onde ficou definido que a categoria receberia um reajuste salarial de 5,02% e de 11,01%, no ticket de refeição. Para o SINDTIC, essa afirmação demostra a indiferença e desrespeito que a atual gestão da Emgetis tem para com o principal ativo da organização, os trabalhadores, não apenas pelos irrisórios percentuais anunciados, mas também pela forma como foram anunciados.


“Observe que os trabalhadores formalmente encaminharam suas reivindicações em março, ou seja, há quase quatro meses atrás, ratificamos em diversas oportunidades a solicitação da contraproposta da empresa e não obtivemos nenhuma resposta. Entretanto, a direção da empresa no mesmo dia em que foi questionada pelo Portal G1 imediatamente deu respostas e explicações, que nesses quase quatro meses se recusou a oferecer aos trabalhadores da Emgetis. O SINDTIC está aguardando ainda a contraproposta da empresa para realizar Assembleia dos trabalhadores e definir a posição dos empregados. Não é preciso ser muito lúcido para perceber os prejuízos para os trabalhadores nesses percentuais publicitados pela direção da empresa e também a prática nefasta de tentar beneficiar o infrator, pois, se está evidente que, o atraso da negociação foi provocado exclusivamente pela empresa, em detrimento da redução dos salários dos seus empregados, como é possível aceitar que o infrator ainda solicite o benefício de pagar os atrasados em quatro parcelas, sem indignar-se?”, questiona o presidente do SINDTIC.


O SINDTIC reconhece que há uma tramitação interna necessária em qualquer órgão do setor público, mas, para o sindicato, nada justifica um atraso de quase quatro meses e a omissão da direção empresa para efetuar gestões junto ao Governo objetivando responder aos trabalhadores. Não bastasse esse descaso da atual direção com as negociações 2012, há uma pendência da negociação 2011, vencida em outubro do ano passado, que a direção da Emgetis insiste em não resolver, num claro descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente.


Na matéria do Portal G1, o presidente da Emgetis afirma ainda que já foi elaborado um ofício que será encaminhado ao Sindicato na categoria com os detalhes do que foi decidido na reunião. No entanto, a direção do SINDTIC esclarece que, para não fugir da prática da procrastinação, a direção da Emgetis, ainda hoje, até às 13h00 do dia 18 de julho, não enviou tal ofício para a entidade. “Essa permanente omissão da direção da empresa, obriga o SINDTIC a retomar a discussão com os trabalhadores para realizar uma nova manifestação, agora na porta do Palácio do Governador ou da Seplag”, garante o SINDTIC.


Atualizado em 31 de março de 2023

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