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Por justiça e democratização da mídia movimento social protesta no 21º Grito dos Excluídos

Por Iracema Corso

 

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O protesto contra a criminalização do movimento social ganha destaque e evidência na 21ª edição do Grito dos Excluídos em Aracaju, na manhã desta segunda-feira, dia 7 de setembro. Tendo como lema “Que país é esse, que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”, o Grito dos Excluídos reuniu militantes do movimento estudantil, juventude, movimento sindical, social, comunidades quilombolas, grupos religiosos, trabalhadores do campo e da cidade.

Ao decretar a ilegalidade das greves dos trabalhadores e, só este ano, o despejo de centenas de famílias de acampamentos do MST, MOTU e de outros movimentos por moradia popular, o Poder Judiciário impede que o movimento social lute pelo cumprimento de direitos basilares assegurados pela Constituição Federal.   

Dirigente do SINDIPEMA e militante da CUT/SE, Mônica Maria Bomfim aponta a luta contra a criminalização dos movimentos sociais e a democratização dos meios de comunicação como pontos cruciais do Grito dos Excluídos neste ano. “A injustiça começa com a desinformação da mídia. São deturpações e ataques diários. O incentivo ao golpe, ao rompimento com a democracia construída com tanta luta”, denunciou.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), professor Rubens Marques, que participa do Grito dos Excluídos há 21 anos, elogiou posicionamentos recentes e de relevância política feitos pelo Papa Francisco estimulando a solidariedade em tempo de disseminação de ódio e intolerância.

 “O Judiciário não pode continuar sendo este Poder mantido acima do bem e do mal, que numa canetada despeja centenas de famílias, crianças, multa o movimento sindical, destrói a mobilização social… Neste ano, os movimentos sociais de Sergipe questionam o Poder Judiciário, algo impensável há 20 anos, como o fazem agora a CUT, o SINDIJUS, o movimento social, MOTU, MST. Não há como falar em democracia plena neste país sem distribuição de riqueza, sem distribuição de terras, onde todos possam ter direito a moradia, e um Judiciário democrático. Não temos mídia democrática, nem Judiciário democrático, então é preciso que o Brasil entenda a importância destas conquistas para a consolidação da nossa democracia”.

 

 

 

 

 

Atualizado em 31 de março de 2023

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