EMGETIS instaura Comissão de Sindicância para punir dirigente sindical

A perseguição praticada pelo atual diretor da EMGETIS, Ezio Prata Faro, contra o dirigente sindical, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação de Dados do Estado de Sergipe (SINDTIC/SE), Juarez Conrado Dantas Júnior, chegou ao ponto extremo. De supetão e sem qualquer comunicação prévia ao sindicato, na manhã desta quinta-feira, dia 16/10, Juarez Conrado foi convocado para prestar depoimento na Comissão de Sindicância instaurada pela diretoria da EMGETIS sob a acusação de que estaria efetuando ataques à direção da empresa.

O presidente do SINDTIC/SE, Jairo de Jesus, compreende que esta é uma clara situação de perseguição do empregado público e dirigente sindical com risco de desencadear num processo de demissão unicamente movido por ‘picuinha pessoal’. “Estávamos focados numa negociação administrativa com a EMGETIS a respeito do Plano de Saúde para os empregados – algo que consta no Acordo Coletivo vigente, mas a empresa não vinha cumprindo e o sindicato teve que recorrer à Justiça. Com esta nova ofensiva contra um dirigente sindical, a negociação está suspensa e vamos ingressar na Justiça novamente com uma ação judicial denunciando a conduta anti sindical da atual diretoria da EMGETIS que não poupa esforços para perseguir e calar os trabalhadores”.

Juarez Conrado relata que o problema com o diretor da EMGETIS partiu da sua decisão de reduzir custos retirando dos trabalhadores o Adicional de Prorrogação. Após um ano de embates, a diretoria desistiu de cortar o adicional de todos os trabalhadores, porém cortou unicamente do próprio Juarez Conrado. A mudança do setor do sindicalista foi outra forma de puni-lo. Ele relata que tentaram deixa-lo sem setor de trabalho, o que se caracterizaria numa situação de assédio, mas isso não se concretizou devido a novos embates com a diretoria.

Para proteger Juarez Conrado, que vinha sendo perseguido unicamente por defender interesses dos trabalhadores na empresa, o SINDTIC/SE solicitou sua liberação para a atuação sindical, mas novamente esbarrou na intransigência do diretor da EMGETIS que só atendeu ao pedido do sindicato depois da entidade ter ingressado com ação na Justiça. “Ao longo destes cinco anos, sofri várias formas de assédio e perseguição constante, já faz quatro anos que sou o único trabalhador da empresa que não recebe o Adicional de Prorrogação. Com a instauração desta comissão de sindicância, fica evidente que ele quer me punir de alguma forma”, avalia o vice-presidente do SINDTIC, Juarez Conrado.

Atualizado em 31 de março de 2023

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