Por Iracema Corso

Uma onda de bandeiras vermelhas ocupou as principais avenidas da cidade de Aracaju numa caminhada de luta do Parque da Sementeira ao Palácio dos Despachos na tarde desta quinta-feira, dia 24/09, no terceiro dia de Greve Geral dos trabalhadores do Governo de Sergipe.

A manifestação foi construída pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), CTB, Nova Central Sindical, professores, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, trabalhadores da saúde, médicos, enfermeiros, trabalhadores de tecnologia da informação, do fisco, de extensão rural, policiais e delegados.

Na porta do Palácio do Governo, junto a outras categorias, a presidente do SINTESE, professora Ângela Melo, criticou os ataques de Jackson Barreto aos servidores públicos do Governo. A professora explicou que se em 2013 o Governo tinha 3.164 cargos comissionados e agora em 2015 tem 4.256, então o discurso do Governo de que iria ‘cortar na carne’ não passou de mais um discurso de enganação, e serviu como pretexto para que ele retirasse o 1/3 do salário dos trabalhadores em dezembro de 2014, e aprovasse uma Reforma Administrativa, em janeiro de 2015, tão prejudicial aos trabalhadores que ficou conhecida como o ‘pacote de maldades de Jackson’.

A professora Ivonete Cruz, também do SINTESE, na mesma linha de pensamento complementa: “Quando a gente pensa que não tem como piorar, o Governo parcela o salário dos trabalhadores, um verdadeiro desastre…”

Presidente da CUT, o professor Rubens Marques destacou que após denuncia do SINTESE sobre os 4.256 Cargos Comissionados que recebem por ano mais de 130 milhões do Governo, sem contar com as gratificações como auxílio transporte, natalina, férias, retroativos, ficou comprovado que o Governo do Estado só não faz o reajuste do salário dos servidores porque não quer.

“Propusemos ao Governo um seminário sobre transparência, convidamos Tribunal de contas, Assembleia Legislativa, Ministério Público, Judiciário sergipano e descobrimos que não é só o Governo que não tem interesse de fazer a acareação junto aos trabalhadores em relação às contas públicas. O trabalhador não pode contar com a Justiça, pois a Justiça tem lado… O que faz um desembargador além de multar sindicato e decretar ilegalidade de greve? Por isso o trabalhador não tem outra opção. Temos que unificar a luta para emparedar este Governo irresponsável”.

Atualizado em 31 de março de 2023